Peça sobre criatividade e empreendedorismo chega a Joinville

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Espetáculo com enredo que aborda a determinação dos brasileiros em encontrar novas opções de trabalho por conta própria, tema sob medida para os tempos de pandemia, “Quem prospera sempre alcança” chega a Joinville na metade de fevereiro, vindo de sua terceira turnê nacional. As apresentações abertas ao público, sempre gratuitas, estão marcadas para os dias 13, no jardim do Museu de Arte (MAJ), e 15, no CEU Aventureiro, sempre com interpretação em libras e programa em braille para garantir a acessibilidade. A peça fala sobre a importância do planejamento e da organização para a concretização dos sonhos, principalmente dos novos empreendedores brasileiros, que, até pela falta de empregos agravada pela pandemia da covid-19, criam os seus pequenos negócios para gerar a sua renda.

Leonardo Cortez assina a dramaturgia e direção e os atores André Santos e Djair Guilherme se revezam em 11 diferentes personagens. Patrocinado pela Visa, por meio da Lei Federal de Incentivo à Cultura da Secretaria Especial da Cultura, do governo federal, a atual turnê passa por 15 cidades de oito Estados, num total de 45 apresentações gratuitas. Em Joinville, além das duas sessões abertas ao público, haverá três sessões para os alunos de duas escolas públicas da cidade, a EEB Governador Celso Ramos e a EEB Dr. Georg Keller.

Na essência, “Quem prospera sempre alcança” é um espetáculo de rua. Sua proposta de encenação dialoga diretamente com as raízes do teatro popular, do circo-teatro e da comédia de costumes. O humor é elemento de aproximação direta com o público, conquistado por meio de um texto ágil, contemporâneo e de comunicação franca, características notórias da dramaturgia de Leonardo Cortez, autor de textos como “Amor à vista”, “Pousada Refúgio”, “Rua do medo”, “Maldito benefício” e “Sala dos professores”.

O espetáculo começa com a entrada de dois técnicos de uma companhia teatral encarregados de montar o palco para a apresentação que será feita no local. Eles fazem as vezes de operários e mestres de cerimônia e evocam situações sobre empreendedorismo a partir de quatro histórias. A primeira é a da própria companhia teatral. Na segunda, duas fãs de uma dupla sertaneja decidem, no meio da fila para entrar no show, como vão gastar o dinheiro que juntaram com muito sacrifício. Já na terceira, dois desempregados decidem empreender como vendedores ambulantes e entram em uma atrapalhada sociedade e na última, um falido dono de boteco recebe a visita de uma inusitada fada-madrinha.

A metalinguagem proposta incentiva o embarque do espectador em diferentes camadas: assim, o entendimento do fazer teatral e as necessidades imperativas para a criação de uma obra se intercalam com a diversão que abre caminhos para a plena absorção da parte conceitual do texto ligada à problemáticas contemporâneas: como se organizar, planejar, inventar e realizar o trabalho quando falta emprego, educação financeira.

A partir do cenário montado, novos personagens surgem com a simples troca de acessórios e figurinos, numa sucessão de cenas com características de esquetes, o que proporciona a absorção da obra inclusive para os transeuntes que estão de passagem pela rua ou que começaram a assistir à peça depois do seu início. Nesse momento, a música e a dança entram como elementos de linguagem cobrando dos atores, versatilidade, energia e multiplicidade de aptidões.

O autor e diretor Leonardo Cortez explica que “Quem prospera sempre alcança” não tem a pretensão de ser didático, mas apresenta, com muito humor, situações e ciladas que qualquer um pode se meter por conta da inexperiência nos negócios e na vida pessoal. “O espetáculo é anterior à pandemia e. devido ao cenário econômico. já dialogava muito com o público. Agora, que a situação piorou, acredito que falar de empreendedorismo e educação financeira pode ser um alerta para algumas armadilhas.”

A encenação busca as raízes do teatro popular, do circo-teatro e da comédia de costumes. “Artisticamente, pesquisei sobre a linguagem teatral do espetáculo de rua, me debruçando sobre a obra de Dario Fo e os trabalhos da Cia. La Mínima”, acrescenta o autor e diretor. Leonardo conta ainda que o espetáculo pode ser apresentado na rua, em parques, escolas e até teatros e que em 2020, com a necessidade do isolamento social, foi feito de forma virtual.

Já a diretora de produção Sonia Kavantan, da Kavantan Projetos e Eventos Culturais, reforça a missão da peça junto à democratização do acesso ao teatro, que tem todas as suas apresentações gratuitas e com acessibilidade a portadores de necessidades especiais físicas, auditivas e visuais.

“As pequenas empresas são a espinha dorsal da economia. Apesar de importantes, elas normalmente não dispõem do treinamento, da tecnologia e das ferramentas financeiras que as ajudariam a crescer. Por isso, a Visa está globalmente comprometida a ajudar as empresas a crescerem por meio de acesso a capital, ativos, expertise e parcerias”, explica Sabrina Sciama, diretora de Comunicação Corporativa da Visa do Brasil. “O patrocínio da peça é um de nossos compromissos para levar informação relevante de maneira gratuita para os empreendedores do país”.

O ator André Santos conta que voltar às apresentações presenciais é muito prazeroso, pois dessa forma ele pode sentir a energia do público. “Voltar a apresentar presencialmente o espetáculo é voltar para um lugar de afeto, alegria e arte em estado puro. Seja na rua, na praça, em parques, escolas, a energia entre o público e a peça é uma energia criativa e empática”, explica. Para ele, a arte encontra atalhos e chega no destino final de qualquer forma.

QUEM PROSPERA SEMPRE ALCANÇA

Duração – 45 minutos (espetáculo)
Classificação livre

Apresentações abertas ao público, com entrada gratuita:

Dia 13/02, às 19h
Jardim do MAJ, Rua 15 de Novembro, 1.400

Dia 15/02, às 20h
CEU Aventureiro, Rua Theonesto Westrupp, s/nº

Facebook e Instagram – @quemprospera

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