Muito sol por aí: câncer de pele ainda é o mais frequente no Brasil

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Carin de Andrade, dermatologista do corpo clínico do Hospital Dona Helena, de Joinville (SC)

 

Os números são do Instituto Nacional do Câncer (Inca): o câncer de pele corresponde a 33% de todos os tumores malignos registrados no Brasil – e, entre 2023 e 2025, estima-se que devam surgir 220 mil novos casos.

Este tipo de câncer, além da genética, tem como uma das principais causas a exposição exagerada e sem proteção aos raios solares. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS) e a Organização Internacional do Trabalho (OIT), uma em cada três mortes por câncer de pele é causada pela radiação ultravioleta do trabalho ao ar livre.

Na região sul-brasileira – quer tem maior presença de cidadãos de origem europeia, com a pele mais clarinha –, os números são maiores: são registrados 150 casos de câncer a cada 100 mil habitantes, taxa que é quase 50% maior que a média nacional.

Mais do que nunca, os cuidados com a exposição ao sol precisam ser redobrados. Segundo as previsões, o próximo verão será um dos mais quentes da história – o que significa mais gente nas praias e nos rios que cortam a zona rural de Joinville, também muito visitados.

E, embora os cuidados com a exposição a sol sejam alvo de alertas frequentes, nos noticiários, nunca é demais lembrar que entre as 10 da manhã e as 4 da tarde, o mais indicado é ficar dentro de casa, bem protegido.

O uso dos filtros solares é considerado fundamental para a proteção da pele. E devem ser reaplicados ao longo do dia – e de forma ainda mais frequente se a pessoa estiver fazendo atividades ao ar livre. Aí, precisa renovar a proteção de duas em duas horas. E há os mais diversos tipos de filtros solares para os diversos usos – para a praia, piscina e até atividades esportivas.

Mas, além do filtro solar, há outros cuidados a serem observados, quando o tema é proteção aos raios ultravioletas.

Essa proteção precisa ser feita em todas as fases da vida – e os adultos são responsáveis por proteger a pele dos pequenos. Aos seis meses, o bebê já pode usar filtro solar próprio para sua idade. Proteger a pele de crianças e adolescentes ajuda a evitar a maior parte dos problemas causados pelo sol como os cânceres, melasmas (manchas) e alterações vasculares (pele mais grossa e vermelha na região do colo).

E é muito importante ficar sempre atento: em caso de qualquer lesão recente de pele, que sangre, ou que tenha alterações de cor, procure um dermatologista. O tratamento é sempre mais fácil e eficiente quando feito em um momento inicial, com lesão pequena, que pode, inclusive, ser removida com pequena cirurgia.

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