“Eu me sinto protegida aqui na Alemanha”, diz jornalista

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Francisca segue conversando com ex-moradores de Joinville que vivenciam, em outros países, a maior crise sanitária que este planeta já viu.  A jornalista Ana Margareth Machado Ehlert foi editora de cultura do Jornal A Notícia, bons anos atrás. Mora em Hamburgo, na Alemanha, onde estudou serviço social e hoje trabalha na área, junto à prefeitura local. Veja o que ela diz:

“Morar na Alemanha é, ao mesmo tempo, um privilégio e uma maldiҫão. Um privilégio, porque nesse momento crucial de combate ao coronavírus, me sinto protegida por um sistema de saúde bem estruturado. Maldiҫão, porque me preocupo muito com os meus entes queridos que moram no Brasil. Muitos deles já na terceira idade. Eu realmente me admirei da forma sensata como os alemães reagiram às medidas restritivas tomadas pelo governo federal. Medidas inéditas, na Alemanha pós-guerra. O país praticamente parou. Eu, voltando para casa, impressionada com a solidão nas ruas, pensei na música do Raul Seixas, “O dia em que a Terra parou”. Quando a gente acredita que já viu tudo, vem uma crise dessas para te mostrar que não é bem assim. É claro que aqui também não faltaram situações surreais como uma senhora comprando 50 quilos de farinha e todo o estoque de papel higiênico no supermercado. Como uma fénix que renasce das suas cinzas, a Alemanha superou os efeitos nocivos do nazismo e as consequências da segunda guerra mundial. Nos seus discursos televisionados, a chanceler Ângela Merkel se mostra preocupada, mas também otimista de que o país vai conseguir mais uma vez superar esta crise. Além da baixa taxa de mortalidade por causa do coronavírus, acredito que as experiências do passado contribuem em muito para o espírito de otimismo regente na populaҫão. Já os comerciantes e donos de restaurantes se mostram menos otimistas, alguns temendo ir à falência.  A pergunta central é “wie geht es weiter”? Ou: “o que vem a seguir”?

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