Festival dedicado ao piano é atração em Joinville

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Os piano tomam conta de Joinville a partir desta quarta-feira, 29, quando a maior cidade do Estado recebe a 5ª edição do festival Pianístico. A maratona musical, que prossegue até domingo, 2, prevê um total de 22 concertos e encontros didáticos com artistas nacionais e internacionais, nos palcos nos palcos do Teatro Juarez Machado, na Harmonia-Lyra, na Casa da Cultura, na Escola Bolshoi, no Garten Shopping, no Conservatório Belas Artes, e até sobre o espelho d’ água da Praça Dario Salles, no Centro de Joinville. O primeiro dia do evento, 29 de março, é o Dia Internacional do Piano.

Em paralelo, vários estabelecimentos recebem a programação do Pianos pela Cidade, que leva artistas locais para lojas, livrarias, padarias e empresas. E, como complemento para o festival que encanta o público apreciador do piano, uma ação educativa, de formação de plateia: o Pianístico nas Escolas, de 13 a 18 de abril.

O 5º Pianístico foi reprogramado e ocorre alguns meses depois da data tradicional. Por isso, haverá Pianístico em dose dupla neste ano, em março e em setembro.

O acesso é gratuito a todas as atividades – ainda há ingressos disponíveis para diversas atrações (via enjoyticket.com.br).

“Estamos ansiosos por nos encontrar mais uma vez”, afirma a diretora-geral Albertina Tuma. “Em 2022, enfrentamos alguns percalços, e infelizmente o evento não se realizou, mas a espera será compensada. Vamos brindar novamente os apaixonados pela boa música. Não temos medido esforços para transformar o festival em um dos mais destacados do mundo”, destaca a diretora-geral Albertina Tuma.

Já o presidente da comissão organizadora e curador artístico Carlos Branco afirma que o Pianístico vai se consolidando como o maior festival de pianos da América do Sul e um dos mais importantes em escala mundial. “Teremos a presença de importantes nomes do instrumento, de países como Brasil, Argentina, Holanda, Suécia, Estados Unidos e Uzbequistão, englobando gêneros que vão do erudito ao jazz”, ressalta Branco.

Na abertura, quarta, 29, quem sobe ao palco do Teatro Juarez Machado é a pianista Maíra Freitas, de sólida formação clássica. Também cantora, arranjadora, compositora e diretora musical, Maíra lançou-se no mercado nacional e internacional com seu primeiro CD solo em 2011, pela gravadora Biscoito Fino, com produção musical de sua irmã, Mart’nália, e participação de seu pai, Martinho da Vila.

De 2017 a 2018, a artista participou da turnê REFAVELA 40, ao lado de Gilberto Gil, Céu, Anelis Assumpção e Moreno Veloso. Em 2019, montou a banda Jazz das Minas, que estreou no festival Jazzing em Luanda, Angola. Em 2020 com a pandemia, começou a compor com seus fãs na internet e criou o single “Tambor Atento”, lançado em 2021 de forma independente. Neste ano, lança o terceiro álbum.

A diversidade de gêneros musicais é, mais uma vez, a identidade do festival. Há espaço, claro, para o blues e o jazz, com atrações nacionais e internacionais como a pianista gaúcha Mari Kerber, o paulista Daniel Grajew, o joinvilense Edilson Forte, o holandês Mike del Ferro e o sueco Anders Helmerson. Já o piano clássico tem um concerto inusitado, o Classical Smackdown, com o americano Frederic Chiu, que propõe uma espécie de duelo entre obras de Debussy e Prokofiev, tendo o público como mediador.

Destaque, também, para a pianista carioca Maria Teresa Madeira, com repertório que vai de Bach a Tim Rescala, passando por Ernesto Nazareth e Scott Joplin, e para Carla Ruaro, que foi protagonista de um momento singular, quando instalou um piano em um barco e percorreu, ao longo de 40 dias, comunidades ribeirinhas e indígenas do Brasil. Ela mostra o trabalho em vídeo e em seu concerto. Olga Kopylova, nascida no Uzbequistão e pianista da Orquestra Sinfônica do Estado de São Paulo (Osesp) desde 2004, também integra o elenco desta 5ª edição do Pianístico.

Uma novidade que visa aproximar o piano da comunidade joinvilense vai levar dois espetáculos, com os pianistas Mari Kerber & Daniel Grajew e Luiz Otávio & Mike del Ferro Trio, a um palco ao ar livre, sobre o espelho d’água da Praça Dario Salles.

Na programação central, o 5º Pianístico fecha com chaves de ouro, trazendo o espetáculo do Duo Gisbranco, formado pelas pianistas Bianca Gismonti e Claudia Castelo Branco, que completa 18 anos de estrada. Também compositoras e cantoras, Bianca e Claudia exibem uma afinidade musical rara. Com repertório único para dois pianos, as artistas desenvolvem um trabalho inovador, explorando ao máximo a sonoridade do instrumento. Sempre aclamado pela crítica, o dueto já se apresentou em espaços como Concertgebouw (Amsterdam, Holanda), Festival de Jazz (St. Moritz, Suíça), Duc des Lombards (Paris), Sala BBK (Bilbao, País Basco) e Festival de Jazz do CCPA (Assunção, Paraguai).

Outro ponto alto do festival são as atividades pedagógicas, paralelas aos espetáculos musicais. Serão exatos sete workshops – seis dirigidos à prática musical e um curso para professores iniciantes e experientes. Ao total, 16 horas de workshops ministradas por vários pianistas, brasileiros e estrangeiros. Com vagas limitadas, os workshops serão gratuitos e acontecerão na Casa da Cultura.

“O festival busca aproximar os artistas do seu público e faz acontecer o compartilhamento de conhecimentos, experiências, tendências e atualizações. A ação chancela a valorização que o Pianístico dá ao aspecto formativo”, afirma o coordenador técnico Voldis Sprogis.

Já o “Pianístico nas Escolas” deve atingir um público total de 2 mil alunos da rede municipal, de 13 a 18 de abril. “A iniciativa visa sensibilizar as crianças, incentivá-las e inspirá-las para o estudo da música, trabalhando a informação e a formação de plateia.”

Patrocínios e apoios

O projeto 5º Pianístico de Joinville – Todos os Pianos do Mundo tem recursos do governo federal e governo do estado de Santa Catarina, por intermédio da Lei Federal de Incentivo à Cultura, Ministério da Cultura, Programa de Incentivo à Cultura (PIC) e Fundação Catarinense de Cultura. Conta com o patrocínio das empresas Supermercado Imperatriz, Havan, Docol, Ciser, Crow, América Tampas e NSCTV. Tem apoio da prefeitura de Joinville, Britânia, Philco, Exit, FT Segurança Forte, Garten Shopping, Tigre, Instituto Carlos Roberto Hansen (ICRH) e Revista Duo. É uma realização de Albertina Tuma e Branco Produções.

Confira a programação completa

29 de março, quarta-feira

. Espetáculo de abertura no Teatro Juarez Machado, com Maíra Freitas, às 20h30

30 de março, quinta-feira

. Workshop com Luiz Otávio, na Casa da Cultura, às 10h

. Workshop “Do erudito ao popular” com Maíra Freitas e Mônica Ávila, na Casa da Cultura, às 14h

. Mari Kerber, no Garten Shopping, às 19h30

. Luiz Otávio e Mike Del Ferro Trio, na Praça Dario Salles, às 19h

. Nicolás Guerschberg, no Teatro Juarez Machado, às 20h30

31 de março, sexta-feira

. Workshop “A música de Astor Piazzolla: análise, interpretação e contexto com Nicolás Guerschberg”, na Casa da Cultura, às 10h

. Curso “Pedagogia para Professores de Piano”, com Carina Joly, no Belas Artes Joinville, às 14h

. Olga Kopylova, no Bolshoi, às 17h

. Mike Del Ferro Trio, no Garten Shopping, às 19h30

. Mari Kerber e Daniel Grajew, na Praça Dario Salles, às 19h

. Anders Helmerson Trio, no Teatro Juarez Machado, às 20h30

1º de abril, sábado

. Curso “Pedagogia para Professores de Piano”, com Carina Joly, no Belas Artes Joinville, às 14h

. Edilson Forte Trio, na Sociedade Harmonia-Lyra, às 11h

. Curso “Pedagogia para Professores de Piano”, com Carina Joly, na Casa da Cultura, às 14h

. Sebástian Macchi e Matías Ariazu, na Sociedade Harmonia-Lyra, às 16h

. Maria Teresa Madeira, na Sociedade Harmonia-Lyra, às 18h30

. Frederic Chui, no Teatro Juarez Machado, às 20h30

2 de abril, domingo

. Workshop “Elementos do instrumental popular no piano brasileiro”, com Duo Mitre, na Casa da Cultura, às 10h

. Carla Ruaro, no Teatro Juarez Machado, às 11h

. Duo Mitre, no Teatro Juarez Machado, às 17h

. Duo Gisbranco, no Teatro Juarez Machado, às 19h30

QUEM É QUEM         
Saiba mais sobre os pianistas

Maíra Freitas (Brasil). Pianista de formação clássica, cantora, arranjadora, compositora e diretora musical, lançou-se no mercado com seu primeiro CD, em 2011, com produção musical de sua irmã Mart’nália e a participação de seu pai, Martinho da Vila, de Wilson das Neves e outros. Em 2017/2018, participou da turnê Refavela 40 ao lado de Gilberto Gil, Céu, Anelis Assumpção e Moreno Veloso. Em 2019, montou a banda Jazz das Minas que estreou no festival “Jazzing em Luanda”, Angola. Em 2020, com a pandemia, começou a compor com seus fãs na internet e criou o single “Tambor Atento”, lançado em 2021. Em 2023, prepara-se para lançar seu 3º álbum. Maíra Freitas divide o palco com Mônica Ávila, ao saxofone e flauta transversa.

Luiz Otávio (Brasil). Sem poder enxergar as luzes e cores desde o nascimento, ele desenvolveu seu talento e musicalidade desde criança. Começou a tocar as primeiras notas com 4 anos de idade. Toca guitarra, cavaquinho e contrabaixo elétrico. Participou, em 2011 e 2013, de um festival de músicos com capacidades especiais em Córdoba, na Argentina. Tocou com o grupo instrumental Azymuth, com o saxofonista moçambicano Ivan Mazuze, com Leny Andrade, João Bosco, Gilberto Gil, Tony Garrido, Marcelo D2, entre outros. Participa da banda da cantora Mart’nália como backing vocal, ao piano e ao cavaquinho. Atua há mais de 10 anos pelo Brasil como músico, produtor musical e arranjador em diversos estilos, do jazz ao pop. Acompanham Luiz Otávio os músicos José Arimatéa (trompete), Jefferson Lescowich (baixo) e Claudio Infante (bateria).

Mike del Ferro Trio (Holanda). Pianista, compositor e arranjador, é filho do cantor de ópera Leonardo del Ferro (1921-1992), que cantou e gravou com Maria Callas na década de 50. Mike começou a tocar piano clássico aos 9 anos. Sua ideia de unir a ópera e o jazz o levou a explorar um novo território, apresentado no CD “Belcanto”. O pianista trabalhou com músicos de vários países. Ganhou prêmio de solista do International Euro Jazz Contest e reconhecimento internacional por seu estilo próprio e improvisações. Fez concertos com músicos como Toots Thielemans, Oscar Castro Neves, Richard Galliano, Badi Assad, Fernanda Porto, Madou Diabate, Gabriel Grossi e Marcio Bahia. No palco, apresenta-se ao lado de Mike del Ferro, os brasileiros Tie Fernandes Pereira (baixo) e Richard Montano (bateria).

Nicolás Guerschberg (Argentina). Com extensa trajetória como pianista, compositor, arranjador e diretor musical, compôs obras para piano, instrumentos solo, conjuntos de câmara, sinfônicas e variadas formações instrumentais, que vão do tango ao jazz e da música de câmara à orquestral. Conquistou vários Prêmios Gardel: em 2019, pelo álbum Studio 2; em 2015, por “Estaciones Porteñas – Proyecto eléctrico”; em 2014; por “Vértigo”; e em 2012 pelo melhor álbum de jazz, além do Gardel de Ouro por “Piazzolla plays Piazzolla”, com o grupo Escalandrum.  Recebeu cinco indicações ao prêmio Grammy Latino.

Olga Kopylova (Uzbequistão). Formada pelo Conservatório Tchaikovsky, Olga se apresentou nas principais salas de concerto de Moscou e região, e desde 2000 ocupa a posição de pianista titular na Orquestra Sinfônica do Estado de São Paulo (Osesp). Nas últimas duas décadas, atuou à frente das principais orquestras do Brasil, entre elas Osesp, Orquestra Sinfônica de Campinas, Orquestra de Câmara de Curitiba, Orquestra Jovem do Estado de São Paulo e Sinfônica de Ribeirão Preto, e fará sua estreia como solista junto à Orquestra Sinfônica Brasileira em 2023. Requisitada como solista, camerista, recitalista e professora, fazendo parcerias com os mais destacados músicos do país, nas principais salas, séries e festivais das Américas. Criou o Curso de Piano de Orquestra, inédito em território latino-americano. Sua discografia inclui “Morning Star”,  “Miniaturas: A Música de Cécile Chaminade”, “Mozart: Sonatas para Piano e Violino, “Vol.I Salut D ́Amour”, “Guarnieri: Choros 1 & 2” (Naxos, 2020 e 2022).

Mari Kerber Quarteto (Brasil). O grupo surgiu a partir do encontro dos músicos Mari Kerber ao piano, Júlia Pezzi no contrabaixo e Rhuan de Moura na bateria, no intuito de trazer uma experiência musical divertida, com arranjos de blues, jazz e músicas autorais. Sua primeira aparição foi no projeto Sofar Sounds e no Camaleão Fest: Autoestima contra o Câncer – Ministério do Turismo. Pianista, compositora e cantora, é graduada em Música Popular pela UFRGS. Em 2019, lançou o álbum “So Many Stories to Tell”, participou no 9º Festival Internacional SESC de Música de Pelotas e produziu o show “So Many Stories to Tell”, ao lado da Big Band da UFRGS. Completa o quarteto o guitarrista Antonio Flores.

Daniel Grajew Trio (Brasil). Vencedor do Concurso Guiomar Novaes em 2020, o pianista, acordeonista e compositor transita por diversos gêneros. Apresentou-se com diversos artistas, como Carlos Malta e Zizi Possi, e orquestras e grupos de câmara como Escualo Ensemble e Orquestra de Câmara da USP. Fez graduação e mestrado em piano pela Universidade de São Paulo, com dissertação sobre Egberto Gismonti. Traz, em seu trabalho autoral, uma mistura de ritmos tradicionais brasileiros, como baião, choro, chamamé e ijexá. Sob a influência da música erudita e da música instrumental brasileira, Grajew celebra a regionalidade sem perder de vista a atmosfera cosmopolita em que está imerso. Acompanhado por Nilton Leonarde ao contrabaixo e Emilio Martins à bateria, o trio apresenta uma sonoridade coesa e pulsante, com espaço para a criatividade e interação.

Anders Helmerson Trio (Suécia). A mãe era professora de piano e o pai, músico de jazz. Começou pelo piano clássico e, em seguida, passou para o rock progressivo e o jazz. Seu primeiro álbum, “End Of Illusion”, foi lançado em 1981, pela TMC. Quinze anos depois, relançado pela Musea Records, ganhou o status de cult. O sucesso influenciou sua volta à música, após período dedicado à medicina. “Fields Of Inertia” (2002) foi gravado no Rio de Janeiro e mixado em Nova York. A turnê com o trio ao vivo passou pelo Vortex Jazz Club, em Londres, e em 2019 no Le Studio de L’Ermitage, em Paris, entre outros. Em 2020, tocou piano solo em clubes como 1901 Arts Club, em Londres. Em 2021, lançou o quinto álbum Opus i apresentando sete faixas de jazz original inovador e progressivo. Ainda em 2021, se apresentou online ao vivo para o Blue Note, em São Paulo. Acompanhado pelo contrabaixista sueco Simon Fagerstedt e pelo baterista colombiano Juan Felipe Mejia.

Edilson Forte Choro Jazz Trio (Joinville). Parceria de longa data entre Edilson Forte “Tatu” (piano), Rafael Calegari (baixo) e Willian Goe (bateria), concretizada em trabalhos de referência da música instrumental do Sul do Brasil. O trio busca, no rico período na música brasileira dos anos 1970, a referência dos trios de acompanhamento, tendo como exemplo o tripé instrumental Cesar Camargo Mariano, Paulo Braga e Luizão Maia e a voz de Elis Regina. Os músicos compõem temas de música brasileira com influências jazzísticas, trazendo a fusão de estilos como as melodias e harmonias perfeitas de Tom Jobim, o swing do samba e choro e a complexidade dos temas jazzísticos. Individualmente já acompanharam artistas como Elza Soares, Yamandu Costa, Zeca Baleiro, Luiz Melodia, Sandra de Sá, Fagner, Max de Castro, Renato Borghetti, entre outros.

Duo Sebastián Macchi & Matías Arriazu (Argentina). Sebastián Macchi é pianista e compositor, nascido em Entre Rios, Argentina. Arriazu, nascido em Formosa, Argentina, é compositor, instrumentista e arranjador, sendo uma das principais referências do violão de oito cordas da atualidade. Ambos se conheceram nos históricos encontros de Música Popular em Isla del Cerrito (Chaco), em 1999, e no Rio de Janeiro, onde viveram por algum tempo. Em 2019, foram convidados a participar do Tertulia International Art Residency, em Hamburgo, Alemanha, o que lhes permitiu produzir e projetar um repertório em conjunto. O duo aborda um repertório de músicas instrumentais com a união de piano e violão oito cordas, refletindo um forte componente paisagístico rítmico presente na região guaranítica-litoral.

Maria Teresa Madeira (Brasil). Com intensa e multifacetada carreira musical, Maria Teresa é bacharel em piano pela Escola de Música da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), Mestre em Música pela Universidade de Iowa (EUA) e Doutora pela Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (UNIRIO). Apresentou-se como solista e camerista nos Estados Unidos, Colômbia, Argentina, França, Alemanha, Espanha, Tunísia, Finlândia, e em 2022 gravou em Portugal um disco dedicado a Henrique Alves de Mesquita. Ministra cursos, masterclasses e workshops no Brasil e no exterior e tem uma extensa discografia com mais de 30 CDs. Em 2020, lançou sua primeira edição crítica de partituras, “Chiquinha Gonzaga para Todos”, em parceria com o pesquisador Wandrei Braga. Recebeu, em 2020, junto com a saxofonista Maria Bragança, o prêmio de Melhor Instrumentista pela Rádio Inconfidência de Minas Gerais com o CD “Duas Marias”.

Frederic Chiu (Estados Unidos). 
Atuou em teatros como Lincoln Center, em Nova York, Kennedy Center, em Washington, Chatelet, em Paris, e Mozarteum em Buenos Aires. Trabalhou com maestros como Christoph Campestrini, John Nelson, Rodolfo Fischer, Susan Haig, Bernhard Klee, Xian Zhang e Alexander Titov. Além dos programas de seus concertos, apresenta “Classical Smackdown”, uma espécie de competição entre compositores, com o público votando no favorito, experiência que traz agora ao Pianístico. Lançou 30 discos de compositores como Prokofiev, Chopin, Liszt, Ravel, Mendelssohn, Brahms, Schubert, Rossini e Grieg, bem como as Sinfonias V e VII de Beethoven/Liszt e a versão para piano solo do Carnaval dos Animais.

Carla Ruaro (Brasil). A pianista propõe um repertório inédito em salas de concertos, trazendo ao público os compositores contemporâneos da Amazônia com obras de grande valor cultural. Com direção artística de Tatiana Cobbett, o concerto é apresentado com criatividade e originalidade pela pianista, que utiliza instrumentos indígenas, canto dos pássaros e elementos que reproduzem os ruídos selvagens da floresta em sua execução, transformando o concerto em experiência única. Resultado de um projeto realizado na Amazônia envolvendo uma expedição de barco onde a pianista e sua equipe levaram um piano às comunidades ribeirinhas, oferecendo a música de seus próprios compositores por meio de concertos e oficinas de piano para um povo que nunca havia visto um piano. “Raízes – Um Piano na Amazônia” foi lançado em CD e documentário em 2018. Foi vencedor dos prêmios de melhor fotografia, menção honrosa e melhor média metragem em Festivais de Cinema na Finlândia e no Brasil, e vem sendo exibido em festivais na Itália, Portugal, Inglaterra e Marrocos. A pianista já levou o concerto a muitas cidades na Europa, Inglaterra, Marrocos e Brasil, incluindo a Sala Cecília Meireles no RJ e o SESC São Paulo, onde lançou o CD no Brasil em 2019.

Duo Mitre (Brasil). Tocando juntas desde o início de suas carreiras musicais, as irmãs Luísa Mitre (piano) e Natália Mitre (vibrafone e percussão) construíram uma conexão musical intensa que se reflete em suas performances e criações. Têm como propósito valorizar e difundir a música instrumental brasileira, dando destaque para a produção feminina de criadoras como Léa Freire, Débora Gurgel, Tânia Maria, Clarisse Assad, Chiquinha Gonzaga, entre outras, além de composições próprias. Em 2020, o Duo se apresentou em eventos como Festival de Jazz e Blues de Guaramiranga (Ceará), Sesc em Casa, Ziriguidum em Casa, SavassiFestival, Memorial Instrumental, Circuito Municipal de Cultura de Belo Horizonte e Festival Tiradentes Instrumental.

Duo GisBranco (Brasil). Formado pelas pianistas Bianca Gismonti e Claudia Castelo Branco, o duo volta em 2023 com sua agenda de shows com público, retomada ainda em 2022 no Rio Montreux Jazz Festival. Durante a parada forçada, fez algumas apresentações on-line, como a de 2020 ao lado de Lan Lan no Rio Montreux Jazz Festival, o show “Pássaros”, em homenagem a Chico César, gravado e lançado nas plataformas de áudio e vídeo em março de 2021, e a participação no projeto “Quatro Cantos 2”, além de singles lançados ao lado de MPB4, Julia Vargas e Ordinarius. Para 2023, o Duo Gisbranco, que completa 18 anos de carreira, preparou um passeio por esta trajetória. O repertório alterna apresentações apenas com os dois pianos, como em Forrobodó, de Egberto Gismonti, Dansa, de Villa-Lobos e Deixa, de Baden e Vinicius, com momentos com as vozes de Bianca e Claudia em canções como Milagre dos Peixes e Ponta de Areia, de Milton e Brant.

Carina Joly (Brasil), Bacharel em Piano pela Universidade Estadual de Campinas, Mestre em Performance e Pedagogia do Piano pela Universidade Estadual da Pensilvânia e Doutora em Performance e Pedagogia do Piano pela Universidade de Oklahoma. Entre 2006 e 2007, fez parte do corpo docente da The New School for Music Study, trabalhou diretamente com os pedagogos Marvin Blickenstaff e Louise Goss. Tem formação em Musicofisiologia pela Universidade das Artes de Zurique, Suíça. Em 2021, concluiu especialização em neuropsicologia na Faculdade do Norte Novo Apucarana, Paraná, dando continuidade a projetos de pesquisa envolvendo o ensino da performance e a neurociência. Atua como professora substituta de piano no curso de Licenciatura em Música da Universidade Estadual de Londrina, no Paraná. Como pianista, tem se apresentado regularmente em recitais solo e de música de câmera.

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