Fevereiro Laranja foca na conscientização e importância do diagnóstico precoce da leucemia

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No Hospital Dona Helena, de Joinville o mês de fevereiro tem cor alaranjada – símbolo da campanha nacional para conscientização sobre o combate à leucemia. Ana Carolina Cardoso, da equipe de Hematologia do hospital, explica que se trata de uma doença que se inicia na medula óssea – a “fábrica” onde o sangue é produzido. A leucemia provoca o acúmulo de células doentes na medula, comprometendo, assim, todo o funcionamento das células sanguíneas.

Segundo o Instituto Nacional de Câncer, Inca, a cada ano, mais de 10 mil novos casos de leucemia são diagnosticados no país – em torno de 6 mil casos entre os homens e quase 5 mil mulheres.

A médica explica que há diferentes tipos de leucemias – e somente a correta investigação pode identificar melhor e indicar os tratamentos. “O tratamento depende muito do subtipo da leucemia. Falando nas leucemias agudas, por exemplo, o tratamento tem a intenção de destruir as células cancerígenas e, consequentemente, retornar à produção das células normais”, detalha a hematologista.

Para isso, normalmente a base do tratamento é a poliquimioterapia. Mas, após uma avaliação de risco de cada tipo de leucemia, o transplante de medula óssea pode ser recomendado como parte do tratamento.

No entanto, manter os cuidados essenciais com a própria saúde se torna um dos fatores mais relevantes na prevenção e combate a essa e várias outras doenças.  Como explica a médica: “Não existe uma rotina de prevenção para a leucemia. É necessária atenção aos sintomas para uma avaliação precoce. Na maioria dos casos, não são encontrados fatores de risco que possam ser modificados.”

Por isso, é fundamental estar atento aos sinais:

  • sangramento nas gengivas e no nariz
  • inchaço no pescoço
  • cansaço
  • dores nos ossos e nas articulações
  • febre, que pode vir acompanhada de suores noturnos
  • perda de peso
  • aparecimento de manchas rochas ou avermelhadas na pele
  • dor e aumento da região abdominal

Em caso de suspeita, normalmente o profissional solicita alguns exames mais específicos, conhecidos como mielograma e imunofenotipagem. Nesse caso, é coletada uma pequena quantidade de medula óssea para avaliação.

Doação de sangue

O transplante de medula óssea não se realiza por processo cirúrgico. A avaliação se inicia quando o doador procura o hemocentro de sua cidade, retira cinco ml de sangue e seus dados são armazenados no banco. Quando, eventualmente, surgir um paciente que necessite do transplante – e que seja compatível –, o doador é chamado pelo hemocentro para fazer mais alguns exames complementares.

Após essa etapa e confirmadas as boas condições de doação, o doador é internado e irá passar por um destes dois processos: Punção: retirada da medula óssea pelo osso da bacia com uma agulha em centro cirúrgico, sob sedação, ou aférese, com a administração de um medicamento para melhorar a proliferação das células sadias.

“A doação é muito importante. O transplante de medula óssea é um gesto de amor”, conclui a hematologista Ana Carolina Cardoso.

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