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08/08/2024
Todo ano, bailarinos e bailarinas dos mais variados perfis e estilos pegam a estrada rumo a Joinville, vindos de inúmeras cidades, para o Festival de Dança. Em julho, pela terceira vez, um grupo com o divertido nome de “Vovós Sim, Velhas Jamais” participou do festival, na categoria 60+. Dois dos quatro trabalhos inscritos foram selecionados, em folclore – carro-chefe do grupo, ligado a um centro de tradições polonesas de Erechim, no Rio Grande do Sul – e dança de salão. No folclore, encenou a festa de Kurpie, que classificando-se na segunda colocação. E, na dança de salão, uma coreografia com a música da dupla Chiquito & Bordoneio, “Tudo Vem do Campo”, homenagem aos trabalhadores do campo. Conquistou o terceiro lugar.
A presença em festivais competitivos e mostras de dança é uma das prioridades. Vale tudo, até promoções como vender pizza e bolachas, para arrecadar recursos que pagam figurinos, hotel, ônibus e taxas de inscrição. Dessa forma, as vovós estiveram até em Buenos Aires.
O elenco é formado por 24 integrantes, com apenas três homens, entre 52 anos e 87 anos. O que mais motiva essa turma é continuar sonhando e traçar novos objetivos. Estar em Joinville é uma realização – por aqui, o grupo pode respirar a dança 24 horas por dia, tendo contato com jovens que torcem pelos participantes de mais idade. Isso sem falar em oportunidades como visitar a Escola Bolshoi e transitar pelos bastidores do festival.
Pela primeira vez, a coreógrafa Meliza Rizzi se inscreveu na categoria 40+, em um duo com seu marido, também integrante do grupo, levando o segundo lugar. “Foi incrível pisar naquele palco, é uma sensação diferente, única”, conta Meliza. O grupo raramente tira férias, em um esforço para manter as coreografias em dia. Perto dos festivais, chega a ensaiar até cinco vezes na semana. “O grupo se torna uma família, tem um lado muito gratificante de trabalhar com essas mulheres”, diz a coreógrafa.
Lisiane Haas Eleotério é estudante de Jornalismo Digital da Uniasselvi; textos com a supervisão da editora Ana Ribas Diefenthaeler