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A implementação do Programa de Cirurgia Robótica do Hospital Dona Helena chega ao ponto alto com a realização da primeira cirurgia nesta modalidade na instituição. O procedimento, em um paciente de 51 anos, será no dia 4 de junho, às 7h, e envolverá uma equipe de 12 profissionais. Trata-se de uma cirurgia para remoção de rim, comandada pelo urologista Ernesto Reggio, médico-chefe do programa. O médico Rafael Ferreira Coelho, urologista e cirurgião robótico do Hospital Sírio-Libanês (SP), que estuda há dez anos os benefícios da técnica, participa como convidado. Seis intervenções já foram agendadas, todas no início de junho.
“É um momento histórico, que traz para Santa Catarina a mais moderna tecnologia disponível no mercado internacional, em se tratando de robótica, reafirmando o esforço do hospital em oferecer o melhor ao paciente”, celebra Ernesto, salientando que o programa tomou forma em apenas quatro meses, com o envolvimento de diversos setores. Batizado de Da Vinci Xi, o robô faz parte do sistema Da Vinci, fabricado pela norte-americana Intuitive Surgical, pioneira e líder mundial em robótica para medicina. O equipamento desembarcou em Joinville no final de abril, sendo instalado no centro cirúrgico do Dona Helena. O hospital investiu cerca de R$ 20 milhões na inovação.
Desde o início de fevereiro, a instituição avança na preparação para a nova tecnologia. Direta ou indiretamente, cerca de 20% dos profissionais participaram desse processo. Até o momento, 28 médicos foram credenciados para procedimentos com a robótica. A equipe que atua na linha de frente do passou por treinamento conduzido pela enfermeira Gisele Jünger, que trabalhou na implantação da robótica em oito hospitais brasileiros, com 12 anos de experiência nesse campo. Para Gisele, a etapa da educação continuada dos profissionais é um dos fundamentos da adoção de um programa de robótica, ao lado de aspectos como a criação de fluxos e processos na instituição e a criação de uma nova jornada do paciente.
Ernesto Reggio frisa que a utilização do robô na medicina ganhou impulso em cirurgias de próstata, mas sua utilização é ampla, em áreas como ginecologia, aparelho digestivo e tórax. “Temos visto nos novos serviços que, normalmente, há áreas de acordo com a característica do hospital que se desenvolvem mais rápido, e acabam dando maior suporte para o sistema”, explica. Segundo ele, os ganhos principais são a realização de cirurgias com menor agressividade, menor trauma, recuperação mais rápida e menor risco de comorbidades.