7 opções de entretenimento para o fim de semana em Joinville
30/08/2019Websérie joinvilense “Sangue no Palco” tem estreia no Sesc nesta sexta-feira
05/09/2019Se há um desafio, entre muitos, é verdade, a que a prefeitura de São Francisco do Sul se dedica com força e afinco é o de fortalecer o turismo na região. O prefeito Renato Gama Lobo não tem dúvidas sobre o potencial turístico da bela ilha do norte-catarinense, o mais antigo município do Estado. E propõe, mesmo, a mudança da matriz econômica de São Francisco, que hoje vive predominantemente da atividade portuária.
O projeto Turismo de Experiência – Caminhos de São Chico é uma das estratégias escolhidas pela prefeitura, por meio da secretaria de Turismo. À frente de todas as políticas da pasta, a secretária Jamille Machado Douat esteve recentemente em Brasília, em busca de recursos e apoio para diversos projetos – entre eles, a revitalização dos balneários.
Mas é na educação básica que se constroem as mudanças de que a cidade precisa. Por isso, as crianças da rede municipal de ensino são as primeiras a participar do projeto, que foi apresentado aos professores no início do segundo semestre letivo. A proposta é promover a ideia de que o turista deve se envolver com a cultura, o meio ambiente e o jeito de viver do local, experimentar a gastronomia e ter vivências com a identidade do destino turístico, em vez de apenas contemplar e registrar imagens.
Alguns exemplos de turismo de experiência são o de observação de baleias em Imbituba, o Viva Ciranda de turismo rural-pedagógico em Joinville e o de Acolhida na Colônia em Santa Rosa de Lima. O projeto também amplia o leque de opções turísticas no município na baixa temporada, incentiva as viagens de estudo, a proteção, a valorização e a preservação do meio ambiente, contribui para a geração de trabalho e renda do pequeno produtor e preserva a autenticidade do saber e do fazer das localidades.
O projeto integra ações das secretarias de Turismo, de Educação, Agricultura e Pesca e Meio Ambiente. “Precisamos mudar nossa matriz econômica, hoje baseada na atividade portuária”, defende o prefeito, ao sublinhar que esta semente, hoje jogada à terra, precisa ser regada constantemente. “Eu entendo que é no turismo que nos vamos, de fato, enriquecer nossa cidade, dar esperança para as crianças. Este é um projeto inclusivo, com a participação dos alunos, professores e famílias, que podem conhecer melhor nossas propriedades rurais, saber como é a vida do agricultor, dos que vivem da pesca, sem falar na nossa natureza. Quando passamos a conhecer melhor a nossa gente, a nossa cidade, aprendemos a valorizar mais nosso povo e nossa terra”, disse o prefeito.
Observação e aves e turismo rural
Em um primeiro momento, o projeto leva às escolas a oportunidade de conhecer alguns atrativos diferenciados junto à natureza. O primeiro foi um projeto de turismo rural na propriedade da família Kinas, na localidade de Frias, no Distrito do Saí, que desenvolve um trabalho de psicultura com peixes ornamentais. Também haverá trilhas em meio à Mata Atlântica, visitação às nascentes de córregos e ruínas de uma antiga fazenda, convivência com animais e até mesmo pescaria. Também está sendo desenvolvido o projeto piloto de observação de aves (como o Guará, ave em extinção que voltou a ser observada nos mangues) e cetáceos (toninhas, boto cinza e baleias), envolvendo condutores náuticos, com passeio na Baía da Babitonga, com saída no Centro Histórico e no Paulas, e outro no Arquipélago de Tamboretes, com saída na Enseada.
“O objetivo é sair um pouco dos atrativos tradicionais, dos nossos cartões postais no Centro Histórico e nas nossas praias, e permitir que outros lugares, especialmente aqueles junto à natureza, sejam visitados e conhecidos pela comunidade e pelas famílias das crianças que participam do projeto com as escolas e, posteriormente, por visitantes, estudantes e pesquisadores de outras localidades”, conclui Jamille Douat. Os alunos do 4º ano da escola João Germano Machado foram os primeiros a participar do projeto.